Monday, February 22, 2010

''O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.''

Charles Bukowski

Thursday, February 11, 2010

PROGRAMAÇÃO DOS BLOCOS-Rio de Janeiro-CARNAVAL 2010

Sexta Feira – 12/02/2010
Sapucapeto – Sem deslocamento. Apresentação na Rua Dias Ferreira – entre a Prof. Azevedo Marques e a Ataulfo de Paiva – 18 às 22 h

Sábado – 13/02/2010
Céu na Terra – Praça Odilo Costa Neto – 06h da manhã
Sassaricando – Rua do Russel, do nº 496 ao nº 258 – 13h
MultiBloco – Rua do Resende, da esquina com a Mem de Sá até a esquina com a Gomes Freire, retornando ao ponto de concentração. – 11h
Empolga às 9 – Rua Henrique do Novaes, Rua Real Grandeza, Rua Visconde de Caravelas, até a esquina da Capitão Salomão (dispersão). – 13 às 19 h
Carioca da Gema – Rua do Lavradio, Rua dos Arcos, até a praça Cardeal Câmara, em frente a Fundição Progresso. – 15 às 21 h

Domingo – 14/02/2010
Cordão do Boitatá – Rua do Mercado e Praça XV – 8h
Cordão do Boi Tolo – Rua do Mercado, N. 23 – Centro – 08h
Bloco Cru – O Bloco não desfilará, ficando concentrado na Rua Henrique de Novaes – 16 às 22 h
Bonde Folia – Pascoal Carlos Magnoàs 11h, e percorrendo a Rua Almirante Alexandrino, seguindo até o Largo do Curvelo – 11h

Segunda-Feira – 15/02/2010
Songoro Cosongo – Largo das Neves – 09h
Maracutaia – Praça Odilo Costa – Santa Teresa – 16h

Terça-Feira – 16/02/2010
Rio Maracatu – Avenida Vieira Souto, do Colégio São Paulo até a altura do Coqueirão – 15 às 19 h
Zoobloco – Em frente à sede do Ibama, na Praça XV – 09h
Orquestra Voadora – Atrás do MAM, no Aterro do Flamengo – 15h

Monday, February 08, 2010


CARNAVAL 12/18



Já dizia Mano Brown que a pessoa podia sair do gueto, mas que o gueto nunca pode sair da pessoa (ou algo desse tipo) e como forma de devolução de idéias, confusão e acima de tudo uma psicodélica subjectividade na minha singular concepção poética, me aproveito do meu lirismo (um lirismo que só não é maior do que o tesão por um navio cheio de loiras) para anunciar o regresso para minha terra: Rio de Janeiro, meu berço sujo que todo ano, ponho os meus pés sedentos por brasa e pontas de cigarro- é claro -de maconha, além da menina bonita típica do Rio, da corrida do bar na lapa que não pago a conta e do roubo dos vidros de pimenta da zona sul. O Rio fede, o Rio é velho , o Rio é um mictório com trilha sonora de bloco, mas perto dos filmes do Pasolini, O Rio é lindo.
Só tenho 10 reais pra tomar de cerveja e a vida inteira para ver o põr-do-sol já dizia o poeta e depois do ensaio geral, é carnaval. Sem juízo, faço meu corpo um prejuízo pela vontade de tirar a ferrugem da lata da mente humana, entre as bagunças dos sentimentos e a ilusão de que o ser se renova no ano que acabou de chegar. Eu me lembro da confusão que existia nos meus primeiros carnavais, que no bairro de Olaria eu pouco entendia. De criança via pessoas loucas de outras pedras, bebendo cachaças de confete, casais traindo no fim do baile, sons de tiro, bumbo, tamborim e latinhas de cervejas ao encontro de serpentina e a figura ímpar do Bate bola ou melhor do Clovis de sentimento nazista que assustava as crianças que queriam estar na fumaça da piscodelia que se chamava Carnival. Eu era inocente mas queria estar alí de algum jeito, pois era diferente dos natais e dos revellions, só se comparava pelos dias de copa do mundo, mas eu com 7 anos, não queria saber de futebol, só de video-game e do gibí do Batman.
Anos e viagens surreais se passaram, pedras surgiram, cachaças se misturavam ao limão com açucar, colombinas surgiram e sons de caixa e bumbo se tornarão companheiros de trabalho, e é claro me tornei o Clovis da minha rua, por defender as bandeiras e estar presente só no sapatinho, pois a cidade suja de samba triste vive nas lembranças
Na minha falta de sono, escrevo pra mim mesmo para desabafar a minha ansiedade de estar acordando no engarrafamento de São Gonçalo , no riso pelos brizolões pichados e da hora que o samba do avião toca no mp3, quer dizer, Tom Jobim e seu chamado para um red label após aquele café com prensado da Manuela.
pois é, Rio de janeiro,eu amo voxe !

Danilo Ferraz